LOOUCKURA LOOUCKURA LOOUCKURA

Monday, October 16, 2006

Sentimentos

Continuando c/os textos do caderno achado no meio da minha eterna bagunça... talvez este ajude um pouco a entender o pq o amor nos deixa loucos...

Contam que uma vez, se reuniram os sentimentos e as qualidades dos homens em um determinado local da terra. O Aborrecimento havia reclamado pela 3ª vez que ñ agüentava + ficar à toa, e eis que a Loucura propôslhe:
- Vamos brincar de esconde-esconde?
A Intriga levantou a sobrancelha intrigada e a Curiosidade, s/poder conter-se, perguntou:
- Esconde-esconde? Como é isso?
- É um jogo, - explicou a Loucura - em que fecho os olhos e começo a contar de um a um milhão, enquanto vcs se escondem, e qnd eu tiver terminado de contar, o primeiro que eu encontrar vai ocupar meu lugar no jogo.
O Entusiasmo dançou seguido da Euforia. A Alegria deu tantos pulos que acabou convencendo a Dúvida e até mesmo a Apatia, que nunca se interessava por nada. Mas nem todos quiseram participar. A Verdade preferiu ñ esconder-se.
- Pra que me esconder se no final todos me encontram?
A soberba opinou que era um jogo mto tonto (no fundo, o que a incomodava, era que a idéia de jogar ñ tenha sido dela), e a Covardia preferiu ñ se arriscar,
- 1, 2, 3, 4, 5... - começou a contar a Loucura.
A 1ª a se esconder foi a Pressa, que como sempre tropeçou na 1ª pedra que encontrou no caminho e caiu. A fé subiu ao céu e a Inveja se escondeu atrás da sombra do Triunfo, que c/seu esforço havia conseguido subir na copa da + alta árvore. A Generosidade quase que ñ consegue se esconder, pois cada lugar que encontrava, lhe parecia maravilhoso p/algum de seus amigos. Se era um lago cristalino, era ideal p/a Beleza; se era a copa de uma árvore, era ideal p/a timidez; se era o vôo de uma borboleta, era ideal p/a volúpia; se era uma rajada do vento, magnífico p/a Liberdade, e assim, acabou se escondendo em um raio de sol. O Egoísmo, ao contrário, encontrou um lugar mto bom desde o início, ventilado, cômodo, mas fez questão de ficar apenas p/ele. A Mentira se escondeu no fundo do oceano (na verdade, a Mentira se escondeu atrás do arco-íris), e o Desejo no centro dos vulcões. O Esquecimento ñ me recordo onde se escondeu, mas isso ñ é tão importante.
Qnd a Loucura estava nos 999.999, o Amor ainda ñ tinha encontrado um lugar p/se esconder, pois todos já tinham ocupado os melhores lugares, até que encontrou um roseiral, e carinhosamente se escondeu entre as suas rosas.
- Um milhão - contou a Loucura- Lá vou eu!
A 1ª a ser encontrada foi a Pressa, caída a 3 passos de uma pedra. Depois, escutou-se a Fé em uma pequena discussão c/Deus sobre zoologia. Sentiu-se vibrar o Desejo no centro dos vulcões. Em um descuido se encontrou a Inveja, e claro que assim se pôde deduzir aonde estava o Triunfo. O Egoísmo, este ñ teve de se procurar, pois ele saiu em desparada de seu esconderijo (que na verdade era um ninho de vespas). De tanto caminhar, a Loucura sentiu sede e ao aproximar-se de um lago, descobriu a Beleza. A Dúvida foi + fácil ainda, foi encontrada em cima de uma cerca s/se decidir de que lado esconder-se. E assim, foi encontrando todos. O Talento, entre as ervas frescas, a Angústia foi encontrada em uma cova escura, a Mentira atrás do arco-íris (ñ, mentira, a Mentira estava no fundo do oceano), e até o Esquecimento, p/quem havia se esquecido que ele estava brincando de esconde-esconde, o lugar que ele foi achado eu esqueci, mas td bem. Apenas o Amor ñ aparecia em lugar nenhum. A Loucura procurou atrás de cada árvore, embaixo de cada rocha do planeta, e em cima das montanhas. Qnd estava a ponto de dar-se por vencida, achou um roseiral e começou a mover os ramos, qnd, no mesmo instante, escutou-se um doloros grito.
Os espinhos haviam ferido o Amor nos olhos. A Loucura ñ sabia o que fazer p/se desculpar. Chorou, rezou, implorou, pediu perdão e até prometeu ser seu guia. Desde então, qnd se brincou de esconde-esconde pela 1ª vez na Terra, o Amor é cego e a Loucura sempre o acompanha.

E é por isso, que nós fazemos tantas loucuras de amor...

Friday, October 13, 2006

Se...

Se algum dia eu soubesse que nunca + veria vc... eu lhe daria um abraço + forte.
Se eu soubesse que seria a última vez a ver vc... eu lhe daria um bj e lhe chamaria p/dar + um.
Se eu soubesse que seria a última vez a ouvir sua voz... eu gravaria cada movimento e cada palavra ,p/ revê-los depois todos os dias.
Se eu soubesse que seria a última vez que eu poderia parar + um ou 2 minutos p/sizer-lhe "gosto de vc"... eu diria,ao invés de deixar que vc presumisse isso.
Se eu soubesse que hj seria o último dia a compartilhar c/vc... o sentiria mto + intensamente em vez de deixá-lo passar.
Sempre acreditamos que haverá o amanhã p/corrigir um descuido... p/ter uma segunda chance de acertar.
Será que haverá uma chance p/dizer "posso fazer alguma coisa por vc?"?
O amanhã ñ é garantido p/niguém, seja p/jovens ou velhos, e hj pode ser a última chance de abraçarmos aqueles que amamos.
Então, se estamos esperando pelo amanhã, pq ñ agirmos hj? Assim, se o amanhã nunca chegar, ñ teremos arrependimentos de ñ termos aproveitado um momento p/um sorriso, p/um abraço, p/um bj, p/uma gentileza, pq estávamos mto ocupados p/dar a alguém o que poderia ser o seu último desejo.
Abracemos hj aquiles que amamos, sussurremos hj em seus ouvidos, o quanto nos são especiais e que sempre os amamos. Encontremos tempo p/dizer: "Desculpe-me", "Perdoe-me", "Obrigado", "Eu perdôo vc", "Eu te amo".
Sempre há tempo p/amarmos e se ñ houver amanhã, tb ñ haverá remorsos de hj p/carregarmos.


Hj eu estava organizando algumas coisas no meio da minha bagunça, e achei um caderno c/alguns textos que eu copiei há alguns anos... e entre estes textos, estava esse que eu estou postando hj, e que mexeu mto comigo hj... Já que eu sou a mestre de amar e ñ dizer... às vezes até digo, mas qnd resolvo assim fazer, já é tarde d+ e ele já resolveu se casar c/outra... ou então, a pessoa que vc eu + amo na vida entra no hospital e ñ sai de lá c/vida, e lógico, eu ñ disse o quanto ela era importante pra mim nem o quanto eu a amava... por isso, a partir de hj, eu vou procurar sempre ser a + sincera c/os meus sentimentos, e sempre qnd eu sentir que eu gosto, que eu amo alguém, eu vou falar, s/medo das reações...

Saturday, September 02, 2006

Carta de Fernanda Young

Bom, hj ñ vou escrever nada escrito por mim mesma, vou apenas colocar algo que eu li... Na revista Cláudia, há uma coluna da Fernanda Young, na qual ela escreve cartas... sempre mto boas... mas essa, em especial, me fez tomar uma decisão mto importante, e ela merece ser lida por + pessoas...

Carta de Fernanda Young

P/o amor perdido:

Fiquei triste. Num momento vc estava aqui, no outro já ñ estava. Igual a um bicho de estimação que morre de repente e somem c/o corpo.
P/ onde foi td aquilo? Que tínhamos tão seguro. Tão certos de sua eternidade. P/ onde foi hein? Meu peito, depósito subitamente esvaziado, aperta-se no meio de tanto espaço.
Tento identificar o instante, qnd o que tínhamos se perdeu. Mas nem sei se o perdemos juntos ou se juntos já ñ estávamos. Me desespera saber que um amor, um dia desses tão grande, possa ter desaparecido c/tanta facilidade.
Como já disse, estou triste; e isso me faz acreditar no poder das cartas. Ñ falo de tarô, mas destas, escritas e mandadas ou ñ mandadas. Cheias de questões e metáforas, que assim, misturadas cuidadosamente, num cafona português polido, soam + sensatas.
Qual poder espero desta carta? Simples: que deixe registrado este meu estranho momento. Qnd o que devia ser alívio revela-se angústia. E a cabeça ñ pára, vasculhando cantos vazios.
Ñ gosto de perder as minhas coisa, vc sabe. E hj, cercada pela sua ausência, procuro o que procurar. Ezperimentando o desânimo da busca desiludida. Pois, se um amor como aquele acaba dessa maneira, vale a pena encontrar um outro? Será inteligente apostar tanto de novo?
Aposto que vc está pouco se lixando p/td isso. Que seguiu sua vida tranqüilamente, como se nada, de tão importante tivesse ocorrido. E está até achando graça desta minha carta, julgando-a patética e ridícula. Vc, redundante como sempre.
Só há uma coisa certa a respeito disso: ñ desejo resposta sua. É, esta é uma daquelas cartas que ñ são p/ser respondidas. Apenas lidas, relidas, depois picadas em pedacinhos. Sendo esse o destino + nobre p/as emoções abandonadas.
Queria apenas pedir um favor antes que vc rasgue este resto do que tivemos. Se algum dia, tendo bebido demais, sei lá, vc acabar pensando tolices parecidas c/ estas, escreva tb uma carta. Mesmo s/jamais saber o que vc irá dizer, sei que ela fará de mim menos ridícula. Neste amor e, por isso, em todo o resto. Pois adoraria que vc fosse capaz de tanto - escrever uma carta é um ato de desmedida coragem. E eu ficaria, enfim, feliz comigo, por tê-lo amado. Um homem assim, capaz de escrever bobagens amorosas.
Então é isso - como sou insuportavelmente romântica, meu Deus. Termino aqui essa história, de minha parte, contando que estas palavras façam jus ao fim do amor que senti. E deixando este testamento de dor, onde me reconheço fraca e irremediável. Pq ainda gostaria de poder acreditar que vc nadaria de volta pra mim.